Dados reunidos pelo Projeto de Mapeamento Anual do Uso e Cobertura da Terra no Brasil (MapBiomas), mostram que a área da atividade garimpeira na Bahia registrou um aumento de 42% de 2010 a 2020, com destaque para os municípios de Ourolândia, Belmonte e Uauá, que representaram as maiores altas.
No Brasil, a área de garimpo foi superior à mineração industrial em 2020: 107.800 hectares contra 98.300, respectivamente.
A prática, que é legalizada no Brasil, acontece em diversos casos de forma irregular, prejudicando a população, o meio ambiente e o desenvolvimento do estado. Os maiores prejudicados, entretanto, são os próprios trabalhadores, que se arriscam diariamente em condições precárias e insalubres.
Na Bahia, segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado (SDE), existem 41 Permissões de Lavra Garimpeira (PLG) ativas distribuídas em 19 municípios.
A maior concentração delas está em Castro Alves (10) para quartzo e feldspato, seguida por Novo Horizonte (07) quartzo rutilado e barita, Oliveira dos Brejinhos (03) quartzo e Pindobaçu (03) esmeralda. Ao todo, são 19 requerentes, dos quais oito são cooperativas.
No entanto, a extração ilegal também é uma realidade. Garimpos ilegais de ouro em Santa Luz e Cansanção, diamante em Nordestina, Lençóis e Palmeiras e ametista em Sento Sé, são alguns dos locais mais conhecidos na Bahia, onde apesar das tentativas de fiscalizações da Agência Nacional de Mineração (ANM) e do Ministério Público (MP) e interdição da área, a prática retorna pouco tempo depois.
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