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1 29/10/2020 08:39

O governo da Bahia anunciou, nesta quarta-feira (28/10), que vai publicar até a próxima sexta-feira (30/10) um decreto autorizando a retomada das aulas no ensino superior a partir do dia 3 novembro. Apesar da medida, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado (APLB-BA) diz ser contra.

A informação de que o retorno das atividades do ensino superior está mais próximo foi dada pelo governador da Bahia, Rui Costa, durante o programa Papo Correria, transmitido nas redes sociais, na noite de terça-feira (27).

O retorno vai acontecer de forma escalonada: começando pelas universidades, depois Ensino Médio, Fundamental e, por último, o Ensino Infantil. Em todos os casos, serão exigidas ações como metade da lotação das salas, álcool em gel no corredores, e pias extras para lavagem das mãos.

"Seguindo as etapas, nós estamos facultando, possibilitando, o início das atividades presenciais do ensino superior. Quando a educação básica, nós não temos ainda uma data. Nós temos um decreto do governador que indica as escolas fechadas sem atividades escolares até o dia 15 de novembro. Ao longo desse processo, nós avaliaremos as condições reais sobre a educação básica no estado da Bahia", contou o secretário estadual de Educação, Jerônimo Rodrigues.

O Comitê Científico do Consórcio Nordeste, em boletim, disse que no contexto do Nordeste outros fatores precisam ser levados em consideração, além da situação epidemiológica. Afirmou ainda que a quarentena acentuou as já conhecidas desigualdades na educação. Por isso, orientou que os estados seguissem um planejamento rigoroso para a volta progressiva e escalonada às aulas, seguindo normas rígidas de prevenção.

A APLB também é contra o retorno das aulas este ano. Para a entidade, a situação põe em risco a vida de professores e alunos.

"Nós não vamos aceitar. A orientação nossa é resistir. A nossa posição é ter uma estratégia de ensino remoto, principalmente para o pessoal do terceiro ano que vai fazer o Enem, e preparar para próximo ano, quando vamos ter o ensino hibrido, que é remoto e presencial. E juntar dois anos em um", contou Rui Oliveira, presidente do sindicato.Na terça, o governador explicou que cada instituição decidirá se retomará ou não as atividades, "mas não podemos colocar a condicionante de que as aulas só voltam quando tiver vacina por que se não 2021 também ficará sem aula".

Em Feira de Santana, por exemplo, ainda é incerta a retomada das atividades na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs). Mas algumas universidades particulares já pensam em retomar as atividades.

Para Mariana de Jesus, que está no terceiro ano do ensino médio em uma escola estadual de Mutuípe, a escola não está preparada para receber os alunos.

'O colégio em si é um colégio pequeno. É pouco arejado, a gente não tem áreas maiores para manter a à distância entre os estudantes. A gente não tem estrutura nenhuma", falou.

Desde que o primeiro caso da Covid-19 foi registrado na Bahia, na cidade de Feira de Santana, no dia 6 de março, várias medidas foram tomadas pelo governo para tentar frear a contaminação pelo vírus. Uma delas foi a suspensão das aulas.

Recentemente, o governo renovou o decretou que suspende as atividades nas instituições de ensino, e alterou de 100 para 200 o número permitido de pessoas em eventos. *G1 Bahia
 

 
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