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1 13/10/2019 11:58

Cristina Pita

A Polícia Civil de Santo Antônio de Jesus realizou uma perícia na manhã deste domingo (13/10) na casa da Primeira Travessa da Rua Sergipe, no bairro do Alto Sobradinho, onde aconteceu a tragédia na noite de sábado (12/10), por volta das 18h35, que culminou na morte do garoto Miguel Martins Pita Costa, de apenas 4 anos. Segundo perícia, a criança teria sido golpeada por pelo menos 15 facadas, não resisitiu e morreu ainda na emergência do Hospital Regional de SAJ.

A criança foi esfaqueada pelo padrasto Edilton Araújo Andrade Júnior ao tentar defender a mãe, Manuela Silva Costa Martins, de 29, que estava sendo agredida pelo companheiro também a facadas, segundo relatos de vizinhos. O pequeno Miguel não resistiu aos ferimentos graves.

O acusado, Edilton Junior, após esfaquear Manuela e Miguel, foi para a sacada do primeiro andar da casa, se esfaqueou e se jogou. Quando a PM chegou ao local, pediu que Edilton largasse a faca e se entregasse, mas ele continuou se golpeando no abdômem e em seguida  pulou da sacada ainda com a faca na mão. Vizinhos desesperados com a cena, acionaram o Serviço Móvel de Urgência - Samu e a Polícia Militar. Manuela ainda foi vista com Miguel no colo, ensanguentado e envolto em um lençol.

De acordo com informações do coordenador regional da Policia Civil, delegado Edilson Magalhães, ela gritava por socorro. "Diante dos fatos, a criança foi colocada na viatura e conduzida ao HRSAJ, o agressor foi socorrido pelo Samu e Manuela, mãe da criança, por populares. Por volta das 22h a equipe teve informações que a criança morreu", relatou o delegado. A motivação do crime ainda está sendo investigada pela Polícia Civil.

DETALHES DO CRIME

O repórter Tino Alves, da Rádio Andaiá FM, acompanhou de perto todo trabalho da Polícia Civil e da Polícia Técnica, que periciou o local do crime, desde o Hospital Regional até a casa onde ocorreu a tragédia.

Tino Alves entrevistou o perito Ivon Carlos, que deu maiores detalhes sobre a tragédia. "O corpo da criança foi levado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT) e ouvimos os dois envolvidos, a mãe da criança e o padastro, no hospital. Havia oito pontos de sangue pela casa onde recolhemos para fazer pesquisa. Fizemos o dimensionamento dos cômodos, ininciamos pela cozinha, corredor e na sala, onde havia dois sofás e a televisão, e na janela e fachada. Estamos apurando a dinâmica dos fatos e tudo será esclarecido depois. Vimos muitas manchas de sangue na sala, onde estavam a criança, o autor e a mulher. Os materiais foram coletados para serem unidos para ver se a dinâmica dos fatos coincidem com o que foi relatado pelo autor", explicou o perito.

No Hospital Regional a polícia já ouviu a mãe de Miguel, Manuela Martins, e o autor do crime, Edilton Junior. "Tudo será esclarecido. De início detectamos muitas manchas de sangue, principalmente onde estavam as vítimas e o autor, e ainda pegadas de um cachorro", disse o perito. 

Segundo Ivon Carlos, havia manchas de sangue no corredor, na sala e na sacada da casa, onde o autor do crime se jogou. "Não havia manchas de sangue nos três quartos. Próximo ao sofá havia muitas manchas de sangue no chão, na sala. A família de Miguel acompanhou a perícia e foram coletados artigos da criança e artigos referentes ao crime. Vamos entregar todo material no Departamento. A quantida de facadas que as vítimas levaram ainda serão divulgadas pelo laudo. A criança levou de 12  a 15 facadas, mas o laudo pericial vai dar a quantidade correta", relatou o perito Ivon Carlos em entrevista ao repórter Tino Alves.

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